quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Não o amor. O amor.

Se for amor você não saberá.
Ele é da ordem do inominável.
E o preenchimento será, então, desesperador.
A agonia de ser completamente tomado pelo que você desconhece, ainda que lhe reconheça a face. Será sugado pelo escuro acolhedor, sem bordas, sem contornos. 
E verá a luz contida na escuridão. 
Você não saberá e sentir vai torna-lo ainda menos. 
Os tremores nascerão e morrerão no centro. 
E a solidão se tornara uma espera ensurdecedora. 
Quando se tratar deste amor que vos falo, e que todos desconhecem, a loucura suave de algum amanhã será a única salvação. 
Não saberão onde estão, mas saberão o que significa pertencer a um nada agora desejado.
Sim.
Vocês poderão se reconhecer.
De tempos em tempos.

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