quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

técnicamente despreparada...

eu estava tecnicamente despreparada, e isso se deu pq eu nunca estarei tecnicamente preparada para uma técnica que não faz sentido para os meus sentidos, não estava em mim a mecanicidade necessária para simplesmente estar lá e não sentir nada, mas o que nos interessa é o sentimento diz a voz que comanda, mas o que sentir não é pra mim tão simples assim, como verbalizar, como expressar, como deixar sair de mim...isso não é pra mim assim tão simples, tão normal...pq pra mim quando um olho busca o outro e encontra exatamente aquele que imaginava encontrar e quando mergulhados estão uns nos outros o medo do que pode surgir é inevitável, vai além de qualquer técnica, qualquer uma delas é falha nesse e em outros momentos em que se deve sentir...mas quando o olho que busca não encontra e se volta em outra direção e vê que outro já lhe esperava, sente-se mais do que podemos verbalizar...e o que povoava minha mente antes do dia de hoje eram apenas suposições de como seria se fosse, mas na hora do fato, na hora da proximidade que vai além do necessário, na hora em que o olho olha no outro que não me vê e a respiração se torna tão próxima que esquenta o rosto e se sente o café recém tomado, a água que acabou de passar por ali, ou o biscoito de outrora, o cigarro já tragado...nessa hora que demora uma eternidade até que pele com pele se encostam e trocam por situação algo que eu só trocaria por vontade...na hora em que vontade não é nada...em que o tudo que outros olhos olham, para mim se transforma em cara corada...em vergonha de demonstrar uma vergonha que estava muito mais do que estampada, nessa hora busquei uma técnica que eu já sabia que não era nada...pq eu não entendo alguém que faz por obrigação e não por gosto, eu não entendo os que buscam sem valor, eu não entendo uma boca que se abre perante outra que já não estava ali desde que começou...eu não entendo o pré-programado e muito menos o olho que olha e não sente que a hora já é finda e que nem tudo na vida tem que ir rumo as obviedades que já estamos tão acostumados, tanto quanto as novelas da televisão...

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