segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

duplicidade...

era tudo duplo...desde os sentidos até as emoções...e nesta du(p)plicidade até mão dupla e eu na contra-mão...na contra-mão dos sentimentos, na contra-mão do samba, na contra-mão...os olhares eram todos atravessados por estava via...perdidos por idas sem voltas, revoltos em meio ao mar de duplicidade e ilusão...confusão...estavamos todos embaralhados num jogo de cartas sem jogadores...esperando a próxima rodada sem descarte ou sem mão...impossível explicar, ainda que haja manual...ainda que haja explicação...e como manda o figurino...todos vestidos com as roupas da penúltima estação, garoa fina na terra da cultura, não da garoa...mais uma sem explicação...era pra ser dia de verão...talvez por isso tanta confusão...tanta mão dupla...tanta contra-mão...e quem segue vai sem destino e quem fica, fica sem rumo...e quem assiste f(r)inge que não entende...e quem olha somente não vê...e essas dúvidas de certezas inexistentes ainda pairam na fina garoa que cai na terra da cultura...e os olhares mudam, por debaixo dos óculos de outros donos...

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