sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

pois de instantes é que somos...efêmeros...

e mais um instante se passa...já não é mais e o passado se instala ...e o que se lembra depois é o que a mente nos mente...a inconstância do tempo que nos dita os passos, que nos dita a vida...(ditado esse, copiado em folhas de papel tão novas que chegam a reluzir)...que nos faz assim, tão efêmeros, tão instantâneos, tão humanos...mas ainda guardo aquele instante, aquele cheiro que minhas narinas detectaram quando você passou por mim...ainda está no fundo da minha alma e da retina o que (te) vi...o arrepio supérfluo que percorreu os pêlos e memória do dia em que te achei, perdida neste mundo nem tão meu, nem tão seu...tão efêmero...que nos perdeu de nós mesmas...que nos tirou dali, ou daqui, quem pode saber...éramos só nós por lá, para agora poder contar as mentiras da memória efêmera...eu ainda sonhos, noites sim, noite não, e acordo com a sensação de que é vida real e passa tão lentamente que se pode até tocar...eu ainda te sonho em meus sonhos tão tolos (e bobos) que nem parecem sonhos e sim a vida como é...tão real...tão normal...que não nos cabe...que não nos define...que não nos pertence...um mundo tão real que não nos contém...e ainda é cedo demais pra falar ou pensar ou existir ou deixar tudo pra lá...ainda é cedo, mas vai passar tão rápido como a noite ou o samba...vai passar...tudo se efemerizará...e o passado ainda me assombra, já que agora ando de olhos fechados, tateando o nada e a escuridão...já não tenho mais a mesma calma para a exatidão de que as coisas passam para o passado com um piscar de olhos, já não pisco, ando com os olhos fechados e te procuro no fundo dos olhos da escuridão...

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