quarta-feira, 10 de agosto de 2011

minha pequenina marchinha interna

vamos falar de amor? de tratar o outro como queremos ser tratados e que nunca será como sentimos que queremos, pois o que é que é pra mim que não é o que é pra você. mas sempre dá pra aproximar as pontas sem derrubar o que há no meio, sempre há como fazer uma dobradura bem bonita, com o papel do afeto, com o papel do respeito. e de vez em quando paramos de pensar só em nós mesmo e passamos a dar uma olhadela no outro e perceber que numa dessas esse outro também é nosso e esse nosso não é no sentido de nosso, mas no sentido de nosso. entende? e quando percebemos por uns instantes bem pequenos, podemos tornar certas coisas bem grandes, certas coisas do tipo coração, do tipo amor, do tipo respeito. podemos fazer o que nos vem a cabeça, nem que seja só por uma noite, só por uma noite. e depois no dia seguinte seguimos com a nossa vida, mas ela não segue mais sozinha, segue pelos passos da contaminação que se dá quando algo muito bom ou algo muito ruim acontece. e talvez certas vezes dependa de nós o "muito ruim" ou o "muito bom". talvez muitas coisas dependam de nós. o "nosso" talvez dependa do nós. mas mesmo que não sejamos capazes de amar assim todas as horas, os minutos, os segundos, ainda que na maioria do tempo sejamos nós manipulando o nosso para que vire um outro tipo de nosso. mesmo assim, naquele segundinho ali, em que percebemos a presença do outro. neste momento somos capazes de fazer o que fomos feitos para fazer. somos capazes de respingar em nossos corpos uma espécie de tinta fluorescente, que não dá pra ver sempre, mas hora ou outra vai brilhar. e quem sabe, com tanta gente pelo mundo, num segundinho aqui, num outro ali, o tempo passe melhor do que tem passado neste passado que vivemos agora!

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