terça-feira, 1 de dezembro de 2009

inação inanição inanão inanimação

nenhum movimento interno acontecendo, nenhuma ação... com as coisas de dentro paradas na beira de uma estrada que reflete o não numa placa fincada na beirada... com os passos parados num ponto onde não há nada, nem ponto de ônibus, nem condução, nem posto, nem civilização... um deserto na frente, uma geleira bem branca no verso... sem apetite pras coisas carnais, sem carne, uma inanição... um buraco negro um branco, uma indecisão... inanão... desanimada pra mudanças tipicas dos seres humanos comuns em fim de ano, inanimação... desanimada de ser ser humano comum, de ser ser humano especial, incomum... uma inanimação... nem moda, nem muda, nem fala, pouco escreve, nem vai, nem fica... nem saliva se junta na boca, nem de outro a saliva... sem veludo, sem seda, sem sede do novo, sem vontade do antigo... uma paralisia sentimental atípica dos seres humanos em época de natal... nem pinheirinho na sala, nem luz no quintal... sem...

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