sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

NÃO HÁ NADA MAIS QUE POSSA SER DITO HOJE OU EM QUALQUER OUTRO DIA DEPOIS DE HOJE

eu resumo pra você toda minha existência, toda minha insistência em dizer o tempo todo o que sou pra mim, o que sou pra você, o que sou pra quem eu não conheço, desconheço o meu eu por trás disso tudo, que é um pouco mentira, que é um tanto mentira, que é pura mentira... eu não sei o que você vê ... eu só vejo o que eu vejo e nada mais poderá ser dito depois que meus olhos se abrirem para o seu olhar, nada mais poderá nunca mais ser dito aqui depois de tudo isso ou de nada disso... nada mais é só mais uma tentativa de por fim em uma coisa infinda, uma coisa que não tem fim mesmo que eu coloque um ponto final , mesmo que eu rasgue e jogue fora, mesmo que eu feche os meus olhos pra mim, pra vocÊ, PRA TI... nada mais poderá ser dito, escrito em letras miúdas ou garrafais, mesmo que as garrafas estejam vazia num fim de tarde azul e abóbora no prato que sirvo ao seu paladar... mesmo que deseje bom dia a um desconhecido, mesmo que diga em voz alta que confio em você tanto quanto confio em mim, já que nem tanto assim é o nome que dou as coisas que tenho e que vou ter daqui pra frente e vou mentir mais uma vez e dizer que ou mudo ou me mudo ou me calo ou não sei mais o que dizer em dias assim que nunca soube e você não saberá o que fazer com as flores depois que eu me for, me formar em plantologia e dizer que tudo o que você tem feito até agora está certo e você vai se perder no meu pensamento e eu me achar nos seus, você vai se perder dentro de um coração todo revestido de vermelho como deve ser todo e qualquer órgão interno o meu não é diferente é igual ao seu é igual ao dela é igual ao do meu pai e da minha mãe e dos meus irmãos que me disseram que são todos os que existem na terra e você verá que não sou nada mais do que um punhado de luz na mão de um Deus que eu idealizo e que talvez não seja assim tão bom, não seja assim tão forte e que de fato não exista tão assim assim como eu acho que ele existe com barbacabeloebigode e você vai ficar chocado dentro de um ninho de gatos e sair da casca e descobrir muito mais casca por fora do que por dentro e pêlos em ovos e tudo o que você achou que nunca iriam descobrir de ti... e falar de ti é o que eu faço quando quero falar de mim já que é assim que faço e que vejo e que sejo... e sejo é palavras que eu escrevo e que descrevo como ser o outro num dia em que você deveria ser você mesma, eu mesma, não vamos tercerizar, não vamos individualizar, não vamos divagar, devagar é que devemos ir quando estamos não tão certas de que o caminho é esse mesmo... eu abro os olhos... eu abro os meus olhos, eu abro e olho ao redor, estou sentada na frente da tela do meu computador, nem é meu esse computador, nem é meu... abro os meus olhos e vou bem devagar... divagar com as coisas que acabo de escrever de tiro, como um tiro que sai das pontas dos meus dedos e vem em direção ao meu peito e é devagar que as coisas acontecem nesse momento, e você faz o favor de ler o texto a partir daquele trecho bem devagarinho pra me ajudar a dar dramaticidade as minhas mentiras... e eu olho ao redor e vejo logo todos os que conheço e penso que é o fim e vem ele e me diz que é só o começo e que fim é a única certeza que não devo ter e vou me desligando aos poucos de tudo o que há e minhas palavras vão saindo c-a-d-a v-e-z m..a....i...........s dem o
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