domingo, 24 de outubro de 2010

mais um dia comum, em tempos comuns e redundantes.

choveu muito, muito mais do que se esperava. disseram na televisão que choveu o que era esperado para todo mês de outubro. a água subiu muito rápido, não deu tempo de salvar nada. estavamos dormindo e quando vimos a água já chegava no andar de cima. subimos na lage da casa pra não morrer afogados. não pudemos pegar documentos, fotografias, papéis importantes, roupas, móveis, nada. tudo ficou molhado pela água da chuva. perdemos tudo. teremos que recomeçar, já que era tudo o que tinhamos, tudo o que tínhamos estava na nossa casa que foi inundada com a grande quantidade de chuva que caiu ontem de noite. choveu muito, mais do que todo mundo esperava. ninguém imaginou que a água fosse subir tão rápido, que fosse chover tanto assim. agora não temos as nossas coisas, não sabemos o que poderá ser salvo ou recuperado, já que está tudo molhado. muito molhado. vamos ter que começar do nada, do zero, ter que reconstruir nossas vidas, recuperar nossas coisas. choveu muito.


versus

a chuva. nossa casa, não há mais nada.



uma questão de estilo ou uma necessidade de se fazer entender por meio de muitas palavras e redundância. fica a dúvida, fica a dica, fica a sensação de não saber se há como saber a hora de parar, de dar fim sem deixar que se arraste e deixe um rastro ruim uma explicação, sim, explicação, que poderia ser mais simples e mesmo assim entendida. entediada.

4 comentários:

Bel disse...

E... quando se sabe de onde veio essa chuva que tudo molha. E quando se viu a chuva nos molhar pretensiosamente. E quando se sabe pra onde vai essa água toda que te preenche... que me preenche!
E quando se sabe que o tédio vem sempre de redundâncias. E quando se sabe que são sempre os mesmos e as mesmas ... coisas e expressões. E quando se é e não se vende.
E quando .. tu fores... e eu ficar.
Esperarei ... esperaremos, amiga querida; pelo nosso dia.
Um dia iluminado. Se fez.
Um beijo.
Bel.

Luan Machado disse...

Numa chuva eu encontro pedaços, restos e objetos gritando, mas sem pernas, sem remos. Na chuva que passou aqui, a inundação é marcada pela cicatriz. Aqui todos somos tecidos gratinados pelo tempo, ou pela chuva...



Você me inspira, baby.

Nana Rodrigues disse...

tenho tantas preciosidades... como não ser feliz assim, no meu mundo de singularidades em que vocês vivem muito bem!!!

Bel disse...

Sim .... muito bem! E ... bem muito. Somos todos. Todos?
Um beijo, Nana!
P.s. estou aprendendo a te ressignificar, vistes?
Estou aprendendo a te renomear ( e olha que tu nem és arquivo). És um mundo inteiro.