quarta-feira, 13 de março de 2013

Yes, há 10 anos nós temos bananas...



Mas também temos peras, laranjas, maçãs, verduras e toda sorte de alimentos saudáveis. E de lá pra cá já se vão dez anos. E dez anos de quê? De uma formatura...
Sim. Eu sou formada em Nutrição. Não. Eu não pratico o "nutricionismo", sou nutricionista! Com diploma e tudo mais.
Um belo dia a gente se vê grande, e vê também que está na hora de fazer de nós mesmos algo maior. Já estamos estudando há tanto tempo, que já nem sabemos quando tudo começou. Estudamos e pronto. Sem pensar.
E então noutro dia decoramos fórmulas e inúmeras palavras que sabemos que nunca vamos usar. Mas tudo bem, na vida, as vezes é assim, ter e não usar. E passamos num tal de vestibular. E passamos a frequentar a dita cuja faculdade. 
Minha avó, já velinha, dizia que estávamos na "dificulidade". O que parecia ser apenas uma confusão senil da cabecinha dela, era uma verdade. Quantas "dificulidades" passávamos para estar ali. Fadadas a escolher, sem ao menos saber que havia escolha. Escolher uma profissão não passa de uma jogada de sorte.
E lá estávamos nós, trocentas meninas, sim, só meninas, numa sala, sem saber ao certo o que estava por vir. Um labor diário para driblar todos aqueles hormônios desencontrados. Quando 1\4 da sala estava entrando na TPM, outro 1\4 estava saindo, outro tanto estava bem no meio e as que restavam estavam felizes da vida.
E nisso tudo, com aquela pouca idade e experiência nenhuma, haviam as amigas, as inimigas e as tanto faz. Eram panelas, caçarolas, frigideiras e afins, mas todas no mesmo fogão. Lembro que na época era ver quem engordou e quem emagreceu, quem ficou e quem nem beijou, quantos xerox tinha a fulana e qual seria a nota da ciclana. As fofocas, babaleias e gogolfinhos de todos os dias. Era muito fácil querer matar a coleguinha por ter conseguido um estágio melhor do que o seu, ou por qualquer um desses motivos universitários banais. 
E depois de dez anos... E muitas de nós hoje casadas, vividas, crescidas, resolvidas na vida, muitos são os frutos e filhos daquela sala... E agora, quando encontro as "gurias", como ainda costumo falar, não consigo sentir nada menos do que uma saudade! Uma saudade delas e de mim. Um orgulho por sermos tão fortes e persistentes. Uma amizade feliz...
Me desculpem os que leram o texto até agora na esperança de saber os nomes de minhas melhores amigas e minhas arquirrivais, mas já não há mais espaço para isso aqui. Somos outras, como havia mesmo de ser. Ao menos eu sou... Vivi momentos que não deixam mais espaço para outra coisa se não o amor. Não um desses amores marqueteiros e românticos  Não. Um amor verdadeiro, humano, que sabe lembrar das coisas boas e reconhecer o que há de bom no tempo que passa por nós. Somos outras e certas coisas já não nos servem mais...

Sinto muito por não poder comemorar, por estar tão longe daquele lugar que faz parte de mim. Mas sinto mais ainda pelas que mesmo podendo, preferem ficar naquela sala de faculdade que já nem deve existir mais...

Que venham outros dez anos e que continuemos mudando, sempre para melhor! Que venham outros tantos dez anos e muito mais amor entre nós!!

3 comentários:

Cristiana T. Costa disse...

Só mesmo vc para traduzir tão bem em palavras os sentimentos, que acho eu, são de todas ou da maioria daquela turma. Saudades...

Carolina Dratch disse...

Nana, estou emocionada...muitoooo, você é especial e faz muita falta,amo vc !!! Carol

Nana Rodrigues disse...

Queridas!! Saudades de todas, mesmo! E essas palavras são apenas reflexo do que todas nós somos!!

Um beijo para cada uma!!