terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

SALVADOR NÃO É UMA CIDADE.

É UMA CALAMIDADE.




E muito me entristece quando eu digo que moro em Salvador e as pessoas invejam tal condição. Se fosse para falar das horas e dos desgostos que passei por aqui, ficaríamos um tempo nada agradável conversando. E a cada dia que passa me convenço mais e mais do que se trata, de que tipo de cidade temos por aqui.
Pacotes dos mais variados biscoitos, papel, plastico, papel higiênico usado, eis alguns dos presentes que já recebi, via janela, dos meus vizinhos. Xingões, fechadas, buzinadas por parar para pedestres atravessarem,  dois espelhos laterais, uma placa e um para-choques raspados. Falta de educação. Falta de educação. Falta de respeito. Falta de respeito. Mal atendimento desde os serviços públicos até os privados. (Experimente autenticar um simples documento aqui...) Sujeira, lixo nas ruas, copos de sorvete usados jogados os seus pés, gente fazendo xixi no seu pé. Baratas, traças, ratos, moscas, pernilongos, mosquitos da dengue, formigas. Poluição e praias sujas. Horas e mais horas esperando por atendimento médico (particular) e um atendimento vergonhoso, que nos faz olhar no espelho para verificar se nos transformamos em porcos.
São muitos os motivos para partir, pois para arregaçar as mangas e fazer a diferença, me desculpem, mas eu não topo. Temos que saber até onde vão as nossas forças, até onde vão as nossas possibilidades. A Bahia é dos baianos, não é minha.
E depois todo aquele blá-blá-blá. Depois toda aquela propaganda de venha conhecer. Todas aquelas fotos que mascaram, não tem cheiro e são só DESCANSO DE TELA. O que se vê por aqui é o abandono, é falta de vontade politica e falta de cobrança do povo. Pois pleitear por feriado na quinta de carnaval todo mundo quer, pular nos blocos de graça todo mundo quer, mas movimentar manifestações para que as coisas mudem, isso ninguém quer. Nem eu quero!
Desculpem, mas é preciso acabar com o romance. É preciso desmistificar Salvador. Aqui não é uma terra de alegrias sem fim. Aqui não é um lugar em que todos sorriem e são receptivos. Aqui não é um bom lugar para viver. Aqui é só mais um desses pedaços do Brasil em que não se pode confiar.

3 comentários:

crookedcockman disse...

Nana, um pouco tardio o meu comentário em corroborar com toda a sua desilusão, convivi com toda essa miséria SOTEROPOLITANA quando transitei por aí em 1995/96 - quanto tempo! - e, segundo você, tudo permanece o mesmo... ou pior!

crookedcockman disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
crookedcockman disse...
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