sexta-feira, 13 de junho de 2008

e foi passando...

foi passando como nuvem ao vento...foi se afastando e agora está tão longe que já não se vê mais...não se pode distinguir dentre o céu imenso que se apresenta...o que era dia de verão, o que era céu claro e aprazível...o que é o céu, que em instantes se fecha para chuva e chove, chove dentro e fora de nós mesmos, e já não lembra dos dias de sol e já não se lembra de como é aquele azul imenso que nos faz nos perder por lá...já não se lembra de tanta coisa, como naquele dia você também não lembrou...como se fechou em tempestade...como se fechou...raios e trovões que não pensava ver por lá...vi e não quis me lembrar...fui afastando de mim cada um dos pensamentos, fui soprando essas nuvens de perto de mim...fui afastando pensamentos, lembranças e tudo mais que pudesse me trazer a tempestade que se fez, quando ainda era dia claro...fui me defendendo da chuva como pude, abri guarda-chuva, que guardou pedaços daquele instante e que ainda está aqui...o que seria uma garoa e se fez tempestade em mim...o que era garoa e me molhou até a alma...tempestade que diluiu todas as coisas boas que vivi por ai...tempestade de fúria que não diz a verdade, tempestade que só molha sem necessidade...não se pode viver molhada por tal chuva, não se pode assim...e hoje seco os cantos ocos que ficaram...e ainda guardo o guarda-chuva...ainda...e quem sabe na próxima tempestade eu volte a abri-lo e volte a lembrar desta chuva e volte a saber que um dia de sol sempre pode se transformar em tempestade ou até chuva de granizo...mas lembrar também que nem por isso irei desejar viver em dias nublados, nem por isso irei me acostumar com as tempestades, nem assim...e foi passando, e foi passando e agora já não é mais....céu claro se abre novamente, céu claro que se abre para quem gosta de um céu assim...

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