sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

bramstor???breinstory???

quando eu deixo tudo de lado, de lado o passado que não passa, um futuro que não chega, uma vida que não anda ainda que pernas nela eu nunca tenha visto e minhas mãos prolongadas por meus dedos enlouquecem (me) num teclado como esse e eu julgo que me julgarão pelo que escrevo e penso que hoje quero ser outra e daqui pra frente vou pedir pro orixá pra ser uma diferente e fazer o que me der na telha do meu telhado de vidro embaçado e jogo pedra noutros telhados e dou risada e não levanto pra fumar um cigarro porque acho que incomoda o marido que dorme no quarto ao lado e que incomoda os vizinhos que dormem aqui em cima e fico pensando que o que eu queria na vida era ter coragem pra incomodar todo mundo que eu quisesse incomodar e dar de ombros e sair rebolando toda rebordosa e não estar nem ai pra nada e que isso só se for em outra vida, só se for baixada de zé pilintra e que estou vendo muito filme de ficção e que não sei como se escreve "bramstor"mas se soubesse como se escreve diria que o que estou fazendo agora é um desses, que se pensa sem parar e se escreve tudo o que vem a cabeça, mesmo que a cabeça seja frouxa e mesmo que seja certinha ou louca sempre passa alguma coisa na cabeça de uma pessoa que fica na frente do computador por muitas horas por dia e que diz que tem muita coragem na vida e que na verdade sua coragem se restringe ao fato de falar de coragem, mas que na prática não tem coragem de nada, nem do cigarro e mente pra si que estraga a voz e o pulmão e que pra ser gente descente tem que ter voz boa e pulmão limpo e que se quer ser boa atriz tem que aprender a fumar mas também como todo monge tibetano não pode ter riqueza e nem vício e então engole seco a vontade de tragar aquele belo cigarro que está escondido dentro da bolsa e que não tem nem fósforo e nem isqueiro de tão fumante que é...e vai ficando com dor nos dedos e preguiça de escrever e o ombro dói e não quer se viciar em relaxante muscular pois os tibetanos também não e pensa na liquidação das lojas do centro e na droga do dinheiro que nunca será seu...e pensa em sair de casa agora, como está, de calcinha branca e sutiã preto, mas novamente pensa em ser mais magra e promete uma dieta a jato pra amanhã e já sabe de antemão que não vai dar certo e pensa em mutilar a parte gástrica do seu corpo, mas sabe que o que dorme ao lado não concordará e que não é como a tatuagem e que não é como férias no nordeste e que não é como nada que conhece e que fica fraca e sem pilha e pensa de novo em pai-de-santo e zé pilintra e acha que está vendo muito filme pornô socialista e que adora rima e que a rima persegue sua escrita e que se fodam os socialistas dos filmes de cima e que se foda a vontade de fumar cigarro porque nem gosta de cheiro de cigarro e fuma pra se sentir um pouco drogada, ainda que tardia...e como seria bom poder abrir a janela e sentir cheiro de tempestade, porque disso eu realmente gosto e meu sino de vento soaria como um louco e eu me lembraria da fabi e do carnaval no rio de janeiro e de coisas que gosto na vida e de outras que nem tanto e terminaria a escrita sem mais nem menos e deixaria a revolta enfurecida, cheia de cor e som pra outro dia e diria boa noite a todos e desculpe qualquer coisa e sairia de cena pra voltar daqui algunas dias...e lembraria por fim que não sabe como se escreve bramstory@$%*&!@+&*¨$, mas é porque não sabe inglês e nem sabe se saberá algum dia!

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