quarta-feira, 24 de junho de 2009

MINHA MATEMÁTICA

eu não posso trocar um vício pelo outro, eu não posso fazer trocas e muito menos deixar um deles por nada... como é que eu faço se na minha matemática a conta não fecha... como é que eu fico se não posso trocar, se não quero largar, se não... como é que fico nas minhas contas se me perco nos números e nos meus pequenos vícios inocentes de cada dia...olho ao redor, cada qual com as suas pequenas grandes manias de fazer e de acontecer... e eu ali com meus vícios nas mãos, num troca-troca sem fim, com uma mão vazia que pede por algo que troque o que sinto, o que faço por outro de igual valor, mas e se não se pode trocar, se não se pode deixar pra lá, como é que faz... eu sou a mais infante da bobinhas da minha tribo... eu ainda sinto no fundo do peito um aperto de vez em quando, eu ainda sinto, o que está fica cada vez mais incomum... eu não posso pegar minhas coisas e sair por ai trocando uns vícios por outros, não posso... mas eu sou infante e bobinha na minha tribo, na minha caderneta de contas, somas, divisões, multiplicação, subtrações as contas nunca batem, eu escrevo, não sou boa em operações, mas na minha matemática escr(o)ita não se troca e nem de vende, muito menos se dá ou se abandona os pequenos vícios, pois se descobre neles também uns pequenos prazeres da vida que não se pode repassar... pequenos vícios, não passe adiante...

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