sexta-feira, 30 de maio de 2008

eu me perguntava, mas já não era mais o meu eu que respondia...e as respostas que vinham brincavam (definitivamente) com meus medos que guardei tão fundo...esses medos bobos que se guarda com medo de que se tornem realidade...com medo...mais um dia que insiste em findar na minha frente, eu não estava preparada, não nessa noite...nunca poderei estar...e as perguntas preenchiam meu vazio e faziam questão de me esvaziar ainda mais...caminhava com dificuldade pelas ruas...mal me dirigia ao meu lugar comum...nunca tive paraísos perdidos, nunca me perdi por lá...minha dúvida eterna, tinha mais medo de minhas verdades ou de minhas mentiras...ou eram todas as mesmas...ou...era uma sala vazia, mas que guardava lembranças e um pouco de informação...as palavras vagavam em gravidade zero e eu me mantinha sentada, movimentava o corpo de tempos em tempos, estava quase viva...me movimentava de tempos em tempos pois não havia posição para minha inquietude...e para os lados eram máscaras e mais máscaras penduradas em formas disformes e humanas...cada qual vestiu a sua e lá se encontravam postados, alguns até ensaiavam sorrisos de satisfação...me notei em meio a todos nua...tal qual criança em conversa adulta sem saber o que fazer e sem poder sair para brincar...a grande brincadeira que a vida nos impõe, ter que estar sem máscara em meio a tantos mascarados...não era o meu lugar...não sei se algum dia será...compartilho dessa paixão, compartilho do brilho nos olhos molhados pela mesma emoção...mas não é meu lugar, não subo nem desço esses degraus...não tenho um lugar comum como todos os demais, minhas máscaras já não me servem, estou novamente nua, como se recém parida...mais uma dia se finda sem que eu saiba o que fazer...

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