quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

101 DIAS EM SÃO PAULO

10. que data é essa?

hoje é dia de compras. e não há lugar melhor, quando o dinheiro é ralo, pra comprar milhares de coisinhas do que a 25 de março. já fui lá umas outras vezes e sempre fico admirada com a facilidade que temos de piratear, copiar, falsificar. tinha visto uma reportagem sobre a 25, e diziam que os vendedores de rua estavam, na maioria dos casos, proibidos de vender por ali, mas não notei muita diferença das outras vezes. muita gente comprando e muita gente vendendo. andamos, eu e minha amiga. entramos e todo e qualquer beco que tivesse alguma coisa pra vender. subimos e descemos aquelas ladeiras de fazer inveja a olinda. batemos perna pra valer. pesquisamos, pechinchamos e por fim compramos tudo o que queríamos. tudo o que queríamos, não, tudo o que pudemos, já que querer sempre queremos muito mais. e toda vez penso algumas coisas : será que alguém compra isso? será que alguém não compra isso? como é que vendem isso tão barato (lembro de milhares de chineses escravos)? e por fim, o que se comemora em 25 de março? deve ser algo muito animado e cheio de presentes, pois só isso combinaria com uma rua assim. saímos de lá cheias de sacolas e vamos até o vizinho, mercadão. acho o lugar de uma arquitetura impressionante, mas tão mal cuidado, cheio de caixas, restos de coisas, vendedores ambulantes remanescentes da 25, enfim, tanta poluição visual pra um lugar lindo. isso me deixa sem vontade de equilibrar as milhares de sacolas em uma só mão e tirar a máquina fotográfica da bolsa. mas lá dentro tudo muda. outro lugar, me parece. milhares de comidas, frutas, verduras, tudo organizado, tudo limpo. adoro provar as frutas exóticas. aproveito pra comprar uma pitaya colombiana em promoção. essa só na promoção mesmo, já que normalmente custa 99 reais o quilo. a fome e o horário apertam e paramos em um dos tantos quiosques de comidinhas paulista-portuguesas. estava mais com sede do que com fome. descido por uma coca bem gelada e um pastel de palmito. tinha o típico de bacalhau, super bem recomendado, mas infelizmente bacalhau não faz parte do meu menu preferido. sanduiche de mortadela também é um dos favoritos, mas com aquele calor, preferi algo mais leve. comemos rápido e rua. andar até o carro. em são paulo é assim, piscou passou. e lá se vai mais um dia.

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