sexta-feira, 3 de agosto de 2007

a sexta parte do meu coração...

HOJE é realmente sexta...sexta de feira...sexta de ultimo dia utilizável da semana...sexta...sexta-feira...o que me faz lembrar que certas coisas não saem...não passam...não passarão...nunca vai passar...não passará...
LEMBRANÇAS...castigos...vinganças...saudades...amores...paixões...sextas...tudo embutido na mesma cesta...se olhar pra frente ou para trás tudo se resume a uma cesta de sentimentos e vida...acontecimentos de sexta...
PENSO em hoje...penso no amanhã...tenho medo e já saudade do que ainda nunca aconteceu...daquela sexta lá de 2009...já tenho saudade...e também daquele meu aniversário que vai cair numa sexta..como foi o do ano passado...mas você nunca irá saber o que para mim não passará...você nunca estava lá...e ainda que estivesse...não estava lá...
PERCEBO quase tudo...mas não sei de quase nada...do que mesmo sou capaz...como mesmo é que se faz...nem me lembro mais...e nas noites frias de com cobertas nos pescoços...pensamentos que não deixam dormir...quem sabe caneta e papel para me acudir...e no caderno de 10 anos atrás...que dá saudade também...
EXISTEM certas coisas que estão sempre aqui...adormecem...depois acordam com você...o caderno estava adormecido por anos e mais anos...eu queria adormecer...ele acordou-me...li em luz de celular fajuto as palavras amareladas...olhos adormecidos...entendimento alerta...tem coisas que simplesmente não passam...volto a escrever sem ver...luzes da ribalta...é como se fosse aquela sexta que nunca houve...aquela sexta de três ANTE-ONTEM...

TUA PRESENÇA

A tua presença entra
Pelos sete buracos
Da minha cabeça

Olhos
Boca
Ouvidos
Nariz

Tua presença paralisa meu momento
Tudo o que conheço tem tua presença
Desintegra e atualiza a minha presença

Tua presença me envolve

Seios
Braços
Pernas

Tua presença é branca e pura
É negra de sedução e paixão
Transborda pelas portas, janelas e paredes do meu coração

Silencia os automóveis e motocicletas
Se espalha pelos campos
Derrubando as cercas

Sua presença é tudo
Tudo o que se come
Tudo o que e reza

Coagula como sangue
Em noite violenta
Essa tua presença

Se vê como a mais bonita
De toda natureza
Me mantém feliz e tensa

Tua presença me mantém viva
Ainda que por fotografia
Mantém em meu coração tua essência

Essa minha tua presença...
(1900 e bolinhas...e eu nem te conhecia...)
PERDIDAS DESCOBERTAS
nem ao certo sei perceber
me descobrindo
acabei por me perder
nem ao certo sei onde estou
para cada ida não volta
já não sei mais se sou
idas e voltas em partida
chegada inesperada em esquinas
becos saídos de suas sem saídas
falta-me o ar
falta-me o amor
falta-me a própria vida
cura o tempo todas as feridas
esquece a dor e despedidas
sobra-me muito ainda
(no caderno de ontem...na noite de ontem ainda...2007)

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