quinta-feira, 20 de setembro de 2007

BALADA DE AMOR QUE SHEAKSPEARE NÃO ESCREVEU...


" é só uma balada de amor...que era pra ele ter escrito...mais não escreveu...eram suas idéias e suas palavras...hoje, quem fala com elas, sou eu..."



pra descrever este amor, que vem de longe e perto demais, não há palavras ou elaborações ainda maiores, só sentimentos e sentidos, pele e suor, raiva e amor...pra lhes falar e contar o que se passa, não tem gramática ou dicionário que possa usar...teria que ao invés de escrever-lhes, desenhar, desenhar-lhes meus olhos, e as minhas meninas como ficam, quanto brilho que emanam, quanta coisa ali fica escrita. para que de longe possam sentir, e saber ao certo do que lhes digo, seria preciso muito mais do que tat(t)o, olhos e faro...seria preciso ver com estes olhos que vos falo...preciso seria bater como este meu bate...precisaria sentir o que em meu vento ecoa...com as asas do meu sentimento que voa...e saber de quem sopra...que é por fim o tal amor...que é rude e lindo...e que também é amor...e este brilho que de longe no céu está...em meus olhos permanece desde que chega, até outros dias...e se com os seus na minha direção permanece...rezo em prece...rezo em prece. não tem santo que me atenda, não tem santo em todo céu, não me atendem e não me atenderão...nunca mais estarão por lá. estou eu em seus lugares, ocupo todo azul, me derramo em mar, me salpico em estrelas, me eternizo nesse olhar...e me vejo uva doce e serena, ainda não colhida em tua parreira...e se nos braços adormeço, esqueço a vida...vivo inteira e esqueço...pra ser vivida novamente, e quanta vezes e por outras vezes, dezenas delas, são vidas...e os sons não são agudos, são suaves, ecoam forte, ecoam dentro e mais ainda, e se fosse para imitá-los nunca poderia...pois não sei como são...não se repetem iguais, nunca mais vou ouvi-los, nunca mais...mais se novamente avistá-lo...com contornos que somente sei...desenho a voz pelo espaço como nunca fiz...sinto forte o mesmo de sempre, que nunca senti...sempre novo e novamente...

e é só uma balada de um amor, que não se sabe e nem se ouviu, é só uma balada de amor, que ninguém sabe se realmente existiu, é só uma balada de amor, como outra qualquer, é só uma balada de amor, que só existe naquele homem e nessa mulher...e depois quando vira de costas, e cola suas costas junto e dentro de mim, e seu ar entra pelos meus poros e sai pela minha boca em palavras assim, e quando suas mãos me desenham no espaço e no ar, desenha vida em cores para mim...me desenha e reinventa todo dia, só pra ti...só pra ti...e se chegarem as nossas rosas deslizarem suas pétalas, umas por cima das outras, de rosas passam a rubras como o cupido sempre quis...suas flechas ele armou, nos deixou em posição ao léu, e atirou, acertou em cheio em meu peito e te trouxe para perto de mim...me explicou como seria, esqueceu de dizer que seria assim, sempre assim...esses cheiros...essas cores...esse amor...você enfim...

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