quarta-feira, 7 de outubro de 2009

POEMA (DI)FUSO

FAZ CARINHA
mon'amour
faz beicinho
MY BABY
reclama dos bichinhos
não reclama de mim
fala pra dentro
mia pra fora
faz só exatamente o que sabe fazer
dissimula
descepciona
desconsola
desgasta
desgosta
falseia a vida real
nessa sua realidade boba
nessa sua realidade irreal

REBOLA
meu bem
EMBOLA
os pensamentos
é puro ouro
ouro de tolo
latão
xinfrin
nem morta podes cair
nem morta
nem morta terás um lugar seu
não é sua
não é de ninguém
não é nem

maqueia por fora
macaqueia
maqueia a cara
macaqueia as mentiras
a mentira que é
a mentira que se conta todo dia
a que acredita que te faz
que te faz uma princesa
uma princesa sapesca
uma princesa que nem beijo de principe tosco
poderá salvar
macaqueia
maqueia a cara
já que alma não é o teu lugar
não é lugar que você frequente
nunca, não frequentemente
lá você não vai
não é o seu lugar
o seu é aqui fora
o seu é na passarela
na vitrine
na inverdade das suas coisas irreais

oh, ma cherry
faz-me rir
faz-me chorar de rir
do teu jeitinho moça
mosca morta por raquete eletrizada
oh, my dear
não cai
não cai do salto
se não pode quebrar
espalhar seus pedaços disformes, te espalhar

Um comentário:

Bel disse...

Como eu gostei!!!
Nossa isso émuito bom. Mesmo.
Tem movimeto. Tem poesia. Tem ida e volta. Tem pra um e pra si mesmo.
Muito bom ...
Essa vida toda, essa dor primeira é alimento, Aline. Pelo menos há um lado bom nisso tudo.
Um beijo,

Obrigada ...

Bel.