sexta-feira, 16 de novembro de 2007

COMENDO ALGODÃO DOCE NUM BANCO QUALQUER...


sentada naquele banco amarelo, de praça qualquer, banco qualquer...precisando adoçar a vida de uma forma simples e segura...vendo o rio que passa sempre no mesmo lugar, nunca mais raso, nunca mais fundo...e nem nota as pedras que lá estão...esperando para serem tocadas e lavadas por aquela água fria que nem sabe onde vai...se essa água levasse os pensamentos e palavras que te devotei, levaria junto tantos pecados meus...mais uma mudança de lua, mais uma praça, ainda um banco...acho que vou me sentar por aqui mesmo...acho que o tempo vai passar mesmo assim...sentar para observar água que passa rio abaixo, pessoas que passam praça acima, nuvens que voam céu ao lado...sentar pra fazer o tempo parar...sentar pra adoçar a vida com algodão doce que o vendedor oferece como dádiva barata de banco qualquer, de praça também...o vento mente o calor que o sol faz de conta...o vento mente as nuvens que andam e não voam...felicidade instantânea, comprada á dois reais, banco de praça...manual de instruções para abrir algodão doce, pra que o vento não derreta logo, como se fizesse diferença não ser derretida pelo vento que sopra tantas mentiras...sentada no banco comendo algodão doce que adoça a boca e mente adoçar a vida...como um dia já adoçou teu sorriso tão doce e cheio de promessas de algodão...nem tão doce...

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