quarta-feira, 7 de novembro de 2007

por certo, sei...

QUE acorda tão tarde que o dia se pudesse te olharia feio, cobraria com juros as horas de sono perdidas para uma noite sem fim, para uma manhã que tarde começa, sei que sente preguiça de gato e se espreguiça como eles o fazem, e que senta para tomar o café da manhã quase almoço, já que a fome não lhe cai bem...que se enjoa com facilidade, da comida, da vida...nada quase tem o fim esperado por tuas mãos...toma banho que dura o tempo certo para as lágrimas que em dias assim, escorrem como água, sei que seca o corpo com certo relaxo, escolhe as roupas para dar essa impressão, mas as define com precisão...pouco arruma os cabelos que lhe emolduram e escondem o que não se deve mostrar, essa teia de idéias claras que melam todo o redor, mesmo sem querer...sei que seu andar é despojado, quase sem graça e que quando pára as pernas se abrem e se fecham o tempo todo, não há para ou posição, sei do joelho ralado e da cicatriz na perna, aquela ali do lado...sei dos formatos que gosta e dos que não...sei que como os cabelos e olhos e quase os pensamentos é tudo claro, branco e sei das unhas que tenta não roer, da boca que teima para não morder...sei que o sorriso quase não lhe escapa e que nem por isso perde a graça, sei de um sorriso esperado por vidas inteiras, que saem quando menos se espera, é quase gargalhada...sei o que qualquer olhos poderiam contar, mais prefiro ir além do simples olhar...sei das mãos que de pequenas e ágeis se transformaram em precisão...sei do que a garganta esconde e que em outros olhos e ouvidos não se pode acreditar...sei de tantas habilidades opostas que não quero nem despertar...sei de todos os detalhes, entalhes e gostos...que chego a não saber nada de você...

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