domingo, 18 de novembro de 2007

de ferro e aço e aço e ferro...


mais uma vez o sol se foi...não pq anoiteceu, pq ele assim quis, desejou ainda mais uma vez partir, deixou a pouca iluminação que é necessária, até que o dia se vá...mais uma vez eu tive que parar no meio do caminho (pra pensar)...já que já pensava mais uma vez em ti...e os "estilhaços" do pensamento que se fez mente, me "estraçalhou" o peito e carne e coração e voz, que entalada e rouca ficou na garganta com o grito (e declaração de liberdade) que não fiz...foram cinco segundos de minutos tão longos, como volta de mundo que me dá, nó na garganta estilhaçada e sem grito e sem voz...que mais se pode perder...que mais se pode querer...passos lentos numa quase corrida sem rumo ou destino pra alcançar, pra chegar a nenhum lugar onde você não está...dia de festa pra ti, e eu na frente da janela aberta ás três da tarde, cinco minutos de cabeça pra baixo, pensando alto, como se você pudesse me escutar...servi tanto ao teu deus que esqueceu como se serve...como se agradece...como se vê...servi tanto a você que pude deixar de existir por dias e noite e dias e noite e tarde, ainda estou aqui...o que se abriu se fechou como sol que se vai, e o que não me mostrou foi o que de fato vi...e a janela é a mesma de todo dia, sem você , sem alegria...sem mim...e a gota que escorre da tez descolorida, que cor toda você levou...é só prenuncio da chuva que daqui a pouco cai, em meu peito aberto de dor e só...e se eu saísse de mim, e se não mais deixasse existir, e se...e si...e se fosse forjada em ferro e aço, e se fosse imã a me atrair, e se de ferro e aço...e se fechasse os olhos pra não te ver, e se fecho os olhos e só aparece você...e se meus olhos não fossem fruto da minha mente onde você habita...e se...e si...os pássaros já não se importam mais, em que esquina eu estou, que sua rua começa aqui e não sou mais eu, não mais o que te faz parar...nunca foi, nem sei se será...nem mais vento pra sino que não bate, está tudo muito calmo (eu me lembro), tudo em muito silêncio, tudo em tudo o que já não mais existe, nem mesmo eu...mundos de solidão...o braço roxo onde estava outrora sua mão...peito "arregaçado" no regaço do peito que te sente no que vê...essa dor dilacerante que reflete onde estão até os rins...até os rins...refletem nas mãos...chega a doer por dentro da alma do coração...e se fosse de ferro e aço, ainda assim doía, doía não????...

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